Sentado no chão, ele espera paciente, estende a sua mão trémula e carente.
Eufóricos, de passo apressado nem o vêem ali ao lado.
Será ele transparente?Ela vai ao seu encontro sem pressa de se aproximar, mas de maneira envolvente detém-se no seu olhar...
Olhos tristes, vazios de quem pouco espera da vida
As rugas do seu rosto espelham, uma vida sofrida.Que precisará ele? Uma moeda para sobreviver? Uma bebida para o aquecer?
Que teria acontecido ao longo do seu caminho que o fez ficar assim, tão sozinho?Absorta em mil questões nem se sentiu aproximar
Saiu dessa inconsciência quando o ouviu chamar:
“Senhora uma moedinha”
Num autómato gesto, ela ficou ali, tão perto…
Falaram de JESUS e da vida desencantada que leva como uma cruz. Sobrou-lhe a fé e mais nada.
Quando ela se afastou, ele chamou de novo. Ela parou.
“Senhora! Que Deus te guie”
Hesitante, ela balbuciou:
“Já me guiou, meu amigo!
“Senhora! Que Deus te guie”
Hesitante, ela balbuciou:
“Já me guiou, meu amigo!
Até ti!”
Dulce Gomes
(Estende a tua mão ao pobre e serás plenamente abençoado)
Eclo7,32
E a Dulcinha sabe o que é partilhar e ser AMIGA!
ResponderEliminarUm ABRAÇÃO do tamanho do MUNDO!
Gostei muito deste seu texto Dulce, é realmente uma realidade e dá que pensar, quando se vê alguém a pedir, e este seu texto é mais uma alerta que nos faz pârar e pôr o coração assim, como eu fiquei, a saltitar. Também eu já escrevi sobre esta realidade, e as respostas ficam no sentir de cada um.
ResponderEliminarGostei muito do seu trabalho.
Beijinhos. Zézinha Coelho
Este texto tocou o meu coração.
ResponderEliminarObrigado!
Abraço em Cristo