"Somos anjos duma asa só e só podemos voar quando nos abraçamos uns aos outros."

Pensamento de Fernando Pessoa deixado para todos os que estão na lista abaixo e àqueles que passam sem deixar rasto. Seguimos juntos!

OS AMIGOS

segunda-feira, 4 de julho de 2011

ERRAR...



“Porque se tornou perpétua a minha dor e não cicatriza a minha chaga, rebelde ao tratamento? 
Ai serás para mim como um riacho enganador de água inconstante? Jer 15,18

Quando falamos de reconciliação logo pensamos no acto de perdoar ou pedir perdão a alguém. É sem dúvida um gesto nobre – quando sincero – ser capaz de perdoar ou pedir perdão, mas o sacramento da reconciliação não se esgota nestes dois gestos porque – ainda que inconscientemente – podemos ter contribuído para a necessidade de nos reconciliarmos com Deus e connosco.
Somos vulneráveis à exposição do mundo, absorvemos dele tudo o que nos rodeia, somos chamados a interagir e nem sempre correspondemos de forma acertada. E se não acertamos, erramos!
E de que adianta termos perante o erro atitudes extremas como ignora-lo ou nos crucificarmos por ele numa atitude quase masoquista? Devemos sim tocar no erro e deixar que a dor por ele provocada se faça sentir até na pele e depois fazer silêncio e escutar a voz do coração porque é lá que está Deus com a Sua infinita misericórdia para nos absolver.
Mas porque necessitamos de Deus para nos reconciliarmos connosco?
Porque a dor provocada por um erro não cicatriza sem a humildade de o entregar ao julgamento de Deus. Só Ele nos pode absolver e devolver a liberdade interior. Estar interiormente libertos só se consegue se tirarmos do degredo e trazermos à luz de Deus as nossas falhas sem recursos nem subterfúgios para a camuflar. 
Deus é Pai, é Amor. Ama-nos. Confiantes nesse infindável amor não devemos temer abrir o nosso coração com e à verdade, porque Deus espera pacientemente a coragem desse passo para nos devolver a paz.
Ele mesmo nos diz:
“Se te reconciliares comigo, receber-te-ei novamente e poderás estar na minha presença. Jer 15,19

Haverá maior esperança do que saber que depois da reconciliação estaremos na Sua presença?

Eu te bendigo ó Pai!


Dulce Gomes

12 comentários :

  1. Regina Murbach05 julho, 2011 18:16

    Olá, Paz e benção. Um dos dons mais difíceis da nossa vida é o perdão. Perdoar,verdadeiramente é só com o amor de Deus. Se não o temos em nosso coração torna-se difícil perdoar e reconciliar -nos a quem nos magoou.
    Não sei se fiz o comentário corretamente. Um abraço Regina

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  2. Qualquer que seja o passo mal dado ou o resultao de uma queda o que importa é sempre o levantar-se e caminhar em frente. Sim porque a existência tem um sentido e o objectivo principal é descobrir esse sentido e seguir...
    Cada um caminha como pode e sente, descalço por vezes de chinelos ou até de pantufas mas pisamos o mesmo solo e caminhamos debaixo do mesmo sol, simplesmente tantas vezes criamos ilusões, (miragens) nas nossas vidas, que desaparecem logo quando olhamos dentro de nós e fora de nós, levantando os olhos bem Alto. Não sei porque estou a escrever isto. O teu texto inpira-me
    Se a caminhada for até ao interor do nosso ser aí de frente a nós á Luz daquele que nos Ilumina poderemos retirar as vendas dos olhos e as ligaduras das pernas e até as rolhas das bocas... desentupir os ouvidos...
    Gritar bem alto... talvez Deus nos oiça e mesmo se não ouvir é porque ainda não é a hora talvez nos venha de longe o eco da nossa própria voz.
    Assim saberemos o que queremos da vida. Eu quero viver feliz e com Deus estando sempre ao serviço do meu próximo

    Beijinhos da amiga Utilia.

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  3. Boa noite amiga
    Venho agradecer o seu apoio e sua amavel visita ao meu cantinho.
    uma santa semana para voce
    abraço amigo
    Maria Alice

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  4. Amiga Dulce,

    quantas vezes as nossas feridas não cicatrizam porque nós mesmo ficamos a revirá-las, ressenti-las e não a deixamos seguir o curso natural do processo da cicatrização... E qual seria esse processo? Entrega! Entrega a quem de fato nos conhece antes mesmo de nascermos. Cristo Jesus!

    beijinhos,

    Gisele

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  5. É verdade Dulce, minha amiga, um belo texto.

    Por isso a importância do Sacramento da Penitência.

    Por este sacramento, entre muitas graças que o Senhor derrama em nós, derrama sem dúvida o dom de perdoarmos, pedirmos perdão, e perdoarmo-nos a nós próprios, para que a recordação do mal feito já não nos faça doer e assim vivermos em paz.

    Um abraço amigo em Cristo

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  6. Olá Regina
    O seu cometário chegou e corretamente e com palavras sábias.
    Um beijinho grande

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  7. A caminhada faz-se de dentro para fora minha amiga Utilia. Porque primeiro precisamos arrumar a nossa casa, a habitação do nosso coração, mas sempre com a ajuda do Senhor Deus Pai misericordioso.
    Um abracinho amiga

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  8. Olá Maria Alice
    Não tem que agradecer, foi um prazer porque o seu poema é mto bonito,
    Beijinho

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  9. Amiga Gisele
    Entrega! Tem que passar sempre por esse exercicio nem sempre fácil por implicar olhar de frente para o que pode estar bem profundo.
    Um beijinho amiga

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  10. Olá amigo Joaquim
    Com o passar do meu caminho tenho aprendido a dar muito mais importancia aos Sacramentos da nossa Igreja...Talvez seja um processo sem fim mas sinto que estou a avançar. Por isso dou graças a Deus.
    Obrigada pelas suas palavras tão importantes.
    Um abraço amigo em Cristo

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  11. Reconciliar-se consigo mesmo é indispensável. Não é um achar que não foi um erro tão grande assim, mas é reconhecer, se arrepender e se perdoar. O sacramento da confissão nos dá essa graça, não é? De nos reconciliarmos com Deus, com a Igreja e conosco mesmo. Sublime!!!
    Paz e bênçãos, Dulce!

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  12. como sempre ler-te fez-me tão bem ..
    sabes miga , só no sacramento da reconciliação é que conseguimos arranjar forças para perdoar de verdade , de coração limpo ..
    pode até demorar algum tempo mas lá vira a oportunidade ,, e nesse tempo de espera o nosso bom Deus lá vai amolecendo o nosso coração para o preparar para o perdão ..

    aiiiii que saudadessssssssss ..

    jinhos , muitosssss.

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As palavras de amizade e conforto podem ser curtas e sucintas, mas o seu eco é infindável.
Madre Teresa de Calcutá