Entre a tomada de consciência de algo e o agir quanto tempo levamos a reagir?
Às vezes demasiado tempo. Tanto que sem darmos conta estamos a falhar, caindo aos pés da nossa inércia, da nossa cobardia, das nossas incertezas; achando que se não existe um s.o.s. declarado, tudo está dentro dos parâmetros que definimos como aceitáveis; e deixamos para amanhã, para os outros, ou até para o tempo – como se ele fosse o remédio para tudo – aquilo que nos compete como membros de família, como amigos, ou nem que seja só pelo facto de nos inserirmos numa sociedade conjunta onde interagimos uns com os outros.
E quando assim é, a nossa lentidão choca com a urgência do outro lado e dá-se uma reacção em cadeia que afecta ambos.
De um lado: o sabor amargo da nossa incúria que nos empurra e confronta com a verdade nua e incontestável da nossa negligência.
Do outro lado: o sabor triste e deprimente de quem anseia e espera por uma palavra, um afecto, um abraço para hoje e já esperava para “ontem” e não vislumbra no horizonte o mais pequeno sinal que o faça acreditar que vem a caminho algo capaz de suprir as suas carências e aumentar as suas forças, sejam elas de que ordem.
Só depois de passarmos à acção propriamente dita, nos damos conta do nosso atraso, ao ficar cara-a-cara com o peso e a dimensão do que nos cai nas mãos. Nesse momento, dói a decepção em relação à nossa pessoa por não termos ido e tido a coragem, ou simplesmente a vontade de o fazer mais cedo.
Por vezes, andamos tão absorvidos com o mundo exterior que descuramos o nosso próprio mundo.
A todos os que fazem parte do meu “mundo”, que eu tanto amo e que aqui e ali possa ter negligenciado, peço perdão. Nem sempre os olho com o coração no exacto momento em que deveria agir.
Dulce Gomes
Amiga Dulce;
ResponderEliminarMaravilhosa esta tua reflexão, que nos ensina e elucida... mais não digo. Nem seria preciso.
Beijinho fraterno e que N. Senhor te ilumine e guie.
"Tanto que sem darmos conta estamos a falhar, caindo aos pés da nossa inércia, da nossa cobardia, das nossas incertezas"... que o Senhor não me permita isso. Que a inércia passe bem longe! Que eu nunca me acovarde em qualquer situação e use o sim, sim, não, não! Que minha vida seja conduzida na certeza do Pai que me ama e é misericordioso! Você discorreu muito bem, Dulce. Receba meu afeto num abraço carinhos!
ResponderEliminarOlá amiga Dulce,
ResponderEliminarExcelente reflexão.
Receba o meu abraço.
Ailime
Olá Dulce,
ResponderEliminarDesejo-lhe também um bom domingo.
Grata pelas palavras no meu cantinho.
Bjs
Ailime