Um dia…
Serei lembrança fugaz e
espaçada
Flutuando na memória do
tempo
Obra escondida que de tão
acovardada
Ancorou no cansaço que
agora invento
Serei ampulheta que a
vida encravou
Pondo fim ao toque inato
dos meus dedos
Prosas e rimas que
Deus me segredou
Sucumbiram à força da mordaça e do medo
Um dia, não serei mais
verso batendo no charco
Nem folha em branco onde
demarco
Os inquietantes silêncios
do meu “eu”
Serei ponto final, última
linha
Dum livro que se fecha,
vida minha
De pontos e vírgulas que o
mundo esqueceu
Dulce Gomes
Que Deus continue inspirando-a a escrever coisas tão belas!
ResponderEliminarObrigada pelas suas palavras.
EliminarQue o Senhor abençoe a vossa família
Dulce, que antevisão! Muito triste! Nem tenho palavras, pois entristeço-me muito com o fim. Fim, até palavra mal começa e vira fim! Beijão!
ResponderEliminarMaria Luiza o fim é sempre o inicio de algo e desta feita, algo que nós cristãos acreditamos: a vida eterna. Não tem nada de triste a não ser a dura realidade.
EliminarBeijo
Olá amiga Dulce,
ResponderEliminarQue inspiração, meu Deus!
Absolutamente sublime!
Mas, na vida, vamos deixando o nosso rasto...Através dos nosos filhos.
Assim penso.
Beijinhos, Dulce, e obrigada pelo seu carinho.
Ailime
Querida Ailime
Eliminaro nosso rasto depende da nossa passada e por vezes falta-me a coragem para novos passos e para cimentar os que já dei, de forma a torna-los intemporais.
Beijinho amiga e obrigada pelas suas palavras