Façamos silêncio!
De olhos fechados vaguemos a nossa mente. Descartemos o marulhar de pensamentos, o quotidiano agitado, o barulho e fiquemos a sós.
Busquemos no silêncio, quem somos, o que fazemos, mas acima de tudo o que poderemos fazer.
Neste encontro com o silêncio em que nos despojamos do mundo, todo o nosso ser fica receptivo para reflectir, entender, receber e escutar.
Em silêncio fugimos ao exterior, com o qual nem sempre nos identificamos e muito menos pactuamos. Quem consegue pactuar com um mundo que idolatra os que muito têm e por vezes pouco são? E que descarta os que muito são e nem sempre têm? Um mundo que gasta milhões num vazio de futilidades e onde correm rios de tinta falando banalidades, mas que, o que se investe no essencial fica aquém da urgência dos que tanto precisam. Quem pactuará com o que se gasta em armas para fomentar guerras? E pior, fazem-no em nome de Deus, como se assim ficassem isentos de toda e qualquer culpa ou pecado e inquestionavelmente estivessem cobertos duma razão, que é tudo menos razoável ou entendível...
Este é o ponto de partida e fulcral desta reflexão: o "TER" e o "SER".
Qual é o nosso papel num mundo tão desajustado e cruel? Que fazemos nós com o que "somos" e que poderemos fazer com o que "temos"?
Com o que "temos", talvez não possamos fazer muita coisa...podemos repartir, claro, é nobre da nossa parte que o façamos. Mas com o que "somos" podemos fazer muito mais...Quem ainda não experimentou dar um pouco de si? ou do seu tempo a quem precisa? Chegar perto de alguém com uma palavra amiga, estender a mão num toque que por vezes é tão precioso para quem o recebe? Dar um abraço(são tantos os que não têm quem lhos dê), ou simplesmente em silêncio, dispormo-nos a escutar?
Tudo isto nos leva a uma feliz conclusão: não custa nada dar. Porquê?
Porque neste doar do nosso "SER", é bem mais o que se recebe do que, o que se dá. De ouvidos bem atentos aprendemos tanto, com quem aparentemente nada parece ter para nos dar...
Mas a maior recompensa é aquela que não se vê, mas que se instala no coração sempre que contribuímos para que alguém se sinta melhor. Uma alegria imensa que nos invade, nos faz sentir uma felicidade transbordante, que quase nos tira o fôlego e nos faz esquecer o quão cruel é o mundo...
Nestes momentos de alegria, apraz-nos dizer:
-"Estamos aqui Senhor, ao teu dispor".
Dulce Gomes
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ResponderEliminarOlá Dulce
ResponderEliminarEu sou a Conceição, tua colega de escola primária, ui já foi há tanto tempo. Sabes fiz uma visita ao blog da Escola dos meus filhos (salta-letrinhas) e de degrau em degrau encontrei a D. Céu. Perdi-me entre tanta coisa linda , já nascia o sol quando te encontrei. A noite passou num ápice, não dormi quase nada, mas que importa se o que colhi valeu muito mais que o sono perdido. Gostava de te encontrar afinal estou aqui tão perto. Fiquei tão contente , nada sabia de ti e o que vi e li deixou-me muito feliz.
Já lancei a primeira pedra para o meu blog, mas não passou disso...o tempo foge e eu perco-me neste mundo da Web.
Beijinhos
Conceição Viegas
Se no nosso dia-a-dia deixássemos o egoísmo/egocentrismo de lado e pensássemos um pouco mais naqueles que nos rodeiam e que, por vezes, só precisam de um gesto de carinho ou de uma palavra amiga para se sentirem mais felizes, ir-nos-íamos sentir muito melhor connosco, muito mais felizes e recompensados... só é pena que alguns de nós ainda não se tenham apercebido disso porque, certamente, o mundo seria muito melhor.
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