"Somos anjos duma asa só e só podemos voar quando nos abraçamos uns aos outros."

Pensamento de Fernando Pessoa deixado para todos os que estão na lista abaixo e àqueles que passam sem deixar rasto. Seguimos juntos!

OS AMIGOS

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

MANHÃ DE CHUVA



Acordou o dia ensolarado. Espreitei pela janela e um mar de prata inundava a rua ainda molhada. No céu, em corropio, as nuvens num bailado constante e ao fundo a visão dum mar rebelde de um azul sem par, tão brilhante. Acho que a minha alma cantou por dentro e de bochechas coladas no vidro, fiquei olhando a imponência do vento…
Que força tem esta maravilha; puxa e empurra, move e sustenta, leva e trás e ninguém o vê, mas só porque se sente toda a gente reconhece a sua existência e crê…
Já a minha mente divagava em desnorte, quando por entre telhados um arco-íris se formou. Calei a voz, arrebatada por tanta beleza, bendizendo a minha sorte... De alma presa ao momento fui atrás do pensamento, que veloz, correu tanto ou mais que o vento.
Num rodopio e antes de me recompor já meu peito dilatava ao sabor da mensagem que chegava num sopro de luz e cor…

Estou no vento que escutas e sentes
No arco-íris que olhando, te extasia
No mar de prata duma rua sem gente
E nos salpicos das ondas, cheirando a maresia.

Estou na nuvem que corre veloz
No cantar da ave que te desperta
Estou na mensagem que te embarga a voz
Quando o silêncio se enche da Palavra certa.

Estou nos montes, vales e rios
No horizonte delineado como um fio 
onde o sol se esconde para lá do céu.

Estou nas coisas que crês porque vês
Nas outras que, porque não vês não crês
Estou em tudo, porque “O TUDO” Sou Eu!

O céu manifesta a glória de Deus, e o firmamento proclama a obra das Suas mãos.
Salmo19,2

OBRIGADA SENHOR, POR TUDO! 
 
Dulce Gomes
 

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

ENQUANTO...



Enquanto o sol espreitar no horizonte
Abrindo a fresta dos meus sentidos
E o vento acariciando a minha fronte
Soe como melodia aos meus ouvidos…


Enquanto o mar me cobrir de rebentos
Temperando as dores que não me desfaço
E a espuma que se dissolve em fragmentos
Alise a areia por onde passo…


Enquanto uma gaivota me prender o olhar
E a luz do céu me inebriar
O meu horizonte não será miragem.


Faço da Palavra a minha ponte
E ainda que das alegrias a dor desconte
Valerá a pena seguir viagem.

Dulce Gomes

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

PAUSA PARA REFLETIR


Pausa para reflectir! Nem sempre é possível fazê-lo assim como também nem sempre me sinto impelida a tal, mas hoje…

As tardes de terça-feira são especiais porque as dedico aos idosos do lar para rezar com eles o terço, dividindo com as minhas irmãs a tarefa de ajudar uma amiga que há muito tem esta missão.
Aos poucos vamos criando laços de amizade estimulados pela carência de quem precisa de muito e se contenta com tão pouco. Vamos decorando os nomes, encaixando a forma de estar e características próprias de cada um deles, tornando-se cada vez mais fácil chegar às suas necessidades, seja com uma palavra ou com um abracinho mais apertado.
A semana passada, não podemos ir porque o nosso pai adoeceu. E foi muito gratificante a forma como hoje nos acolheram. Fui a primeira a chegar – gosto de ter tempo para conversar um bocadinho, ou até ir buscar algum que ainda não chegou – os sorrisos rasgados, as palavras de carinho e os beijinhos nas bochechas que recebi, deixaram-me com aquelas tais marotas teimosas a querer assomar, mas a custo lá as enviei de volta. Consegui!
Acharam a nossa falta e não se coibiram de nos transmitir. Falta da alegria que lhes levamos nos cânticos e da Palavra que antecede o terço e lhes alimenta a alma, atenuando assim as suas tristezas renovando-lhes a esperança e a certeza de que Jesus está implantado nos seus corações.
Também lhes senti a falta, principalmente da doçura impressa nos seus olhares que falam mais do que quaisquer palavra, e das suas mãos, que quando trémulas e enrugadas apertam as minhas numa comunicação silenciosa.

O caminho até casa é sempre feito com o coração a transbordar de alegria, excepto hoje. Porque depois do terço ainda fomos visitar uma senhora que está muito mal e rezámos o terço da misericórdia ao seu lado. Impressionante foi testemunhar o poder da oração no rosto daquele ser...Louvado seja Jesus por vir em nosso socorro e nos instruir a fazer a Sua vontade. Que tudo seja feito e testemunhado para honra e glória do Seu Santo nome.
Hoje especialmente, peço a nossa Senhora que assista esta amiga e todos os que estão na recta final da sua passagem pela vida terrena. Que os leve à presença da luz de Jesus e seja derramada a Sua misericórdia em cada um, conforme foi Sua promessa à Irmã Faustina.

Assim seja!


Dulce Gomes

domingo, 23 de janeiro de 2011

TURBILHÃO QUE ME EMBALA




Neste baloiçar em que me balanço
Entre a luz e o escuro breu
Mergulho dentro de mim
Para descobrir quem sou eu…

Como saltimbanco sem rumo
Sorvo num trago a minha utopia!?
Escuro/luz, desnorte/aprumo
É a vida que não renego e me inebria.

Neste vaguear em turbilhão
Silencio e escuto o meu coração.
Quem és Tu? Voz que me fala?

Voz à qual minha alma se rende
Num mar de emoções que se acende
Como um baloiçar que me embala...




Dulce Gomes

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

PEDRAS...

Roubando um pouco de tempo ao tempo para desabafar…
Hoje sinto-me um pouco assim: Apreensiva mas protegida por Jesus. Só me faltam os cabelos em pé...

Pedras! Do caminho e da vida. Pedras! Obstáculos e provações que a vida me trás a cada dia dos meus dias. São as que me cercam e sufocam, são as que se sobrepõem e formam uma barreira – por vezes quase intransponível – não me deixando prosseguir, são as que caem sem saber de onde e me atingem quase sem entender porquê, são as que se tornam tão pesadas que me obrigam o corpo a vergar e são aquelas que sinto pairar sobre a cabeça, como se uma chuva de meteoritos estivesse em órbita e em iminente de queda.

Em Ti me refúgio Jesus, meu escudo e protector. Perdoa-me se nem sempre alcanço esta verdade escolhendo o caminho mais fácil: o de me lastimar. Perdoa-me se nem sempre olho para o lado para ver as pedras que aparaste e não me atingiram. Perdoa-me as derrapagens constantes no mesmo piso que já deveria conhecer de cor.
Perdoa-me Senhor se na minha mesquinhez e egoísmo nem sempre consigo ver-Te nas pequenas coisas do meu dia; nos momentos de angústia, de perda, de indecisão, de tribulação... nem sempre consigo decifrar os Teus sinais que tantas vezes vêm em código, camuflados, e se dissipam assim como fumo, entre tantas coisas…

Ensina-me Senhor a saber aparar as que me atingem e fazer delas um ponto de reflexão e futura aprendizagem, tornando-me mais forte e eficaz nos “combates” do meu dia-a-dia e nunca de revoltada por ser alvo das mesmas.

Obrigada Senhor pela Tua protecção. Sei que tudo tem um propósito e que o desfecho nem sempre é o esperado. Ajuda-me Senhor a aceitar todos os finais com a tranquilidade de quem crê que tinha que ser assim…

(Como a corça anseia pelas águas vivas, assim a minha alma suspira por Vós, ó meu Deus.) Salmo 41. 2


Dulce Gomes


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

COISAS MINHAS...


Escrever é um bom exercício. Nele me reconheço e me aprofundo, para além de que com este simples acto de transformar em frases o que sinto, tenho a possibilidade de transmitir algo.
O julgamento que farão do que escrevo é irrelevante se comparado com a reflexão posterior que possa agitar. Mas o mais importante é o julgamento que faço de mim própria depois de me ler.
Se erro aqui e ali e por consequência fico incomodada, a tendência é sacudir o pensamento para bem longe e ocupar esse espaço vazio com algo que tenha feito de positivo. Mas se deixo que esta “lei das compensações” ganhe, acabo por descartar os meus erros sem me debruçar conscientemente sobre eles.
Eu consigo até atraiçoar os meus pensamentos, dar-lhes a volta numa atitude de defesa e acomodação, mas não consigo enganar e muito menos travar o embalo desenfreado das minhas mãos.
Elas narram na íntegra e impiedosamente, a leitura dum mergulho profundo e sem medo de punição ao mais profundo de mim. Tornam-se isentas de obrigação para comigo, como se não me estivessem intrinsecamente ligadas.
Por isso escrevo! O bom e mau em mim. Esta não é uma atitude masoquista porque não pretendo castigar-me, tampouco dar-me lições de moral, mas sim olhar-me sem vendas nos olhos e sem recorrer a subterfúgios para me enganar com a finalidade de me sentir melhor.
Este acto de me confrontar com aquilo que verdadeiramente sou e faço, transporta-me a momentos especiais e muito íntimos entre mim e Deus. As minhas mãos têm a fidelidade e a frontalidade que me faltam, empurrando-me para um exame de consciência fiel que resulta sempre como uma confissão a Deus, onde me abro e me disponho a colher o que semeei: seja um puxão de orelhas ou a alegria que se apodera de mim - servindo de estímulo - por algo de bom que possa ter feito.
Em suma, penso que chorando ou rindo, errando ou acertando, as minhas mãos foram a melhor formula que Deus encontrou para me ensinar a subir os Seus degraus. Não tenho palavras sonantes nem difíceis, nem mestria suportada por qualquer curso. Sou apenas eu e Deus. E todos aqueles que Deus me dá a graça de encontrar nos degraus que vou subindo.

Dulce Gomes



terça-feira, 18 de janeiro de 2011

VAMOS ORAR PELOS NOSSOS IRMÃOS!

CORRENTE DE ORAÇÃO


As tragédias acontecem e poem a nu a nossa vulnerabilidade enquanto seres humanos, dando-nos uma sensação de incapacidade e quase frustração.
De certeza não tem escapado a ninguém as imagens que nos chegam do Brasil, onde as derrocadas provocadas pelas cheias têm provocado baixas enormes e infelizmente provisórias, temendo-se que o número real de pessoas que perderam a vida engrosse a lista actual.

Em solidariedade para com os nossos irmãos de “Além/Atlântico” vamos orar por eles.

Separa-nos a distância mas a oração não tem barreiras, atravessa todos os obstáculos e é capaz de chegar onde a matéria não chega. Estou a lançar aqui – por iniciativa da amiga Utília – um novo desafio:
Incluindo também o povo australiano.
VAMOS REZAR PELOS NOSSOS IRMÃOS!

Propunha, (apesar de não termos combinado) que rezassemos o terço todos os dias às 6.30h depositando nas mãos da nossa Senhora esta necessidade de intercessão por todos estes filhos de Deus que perderam os seus familiares, as suas casas e estão sofrendo as terríveis consequências desta calamidade que se abateu sobre eles. Vamos pedir ao Senhor que incline os Seus ouvidos para escutar a nossa unida súplica, de fé e confiança. O senhor é bom, é Misericordioso, é complacente e compreensivo. 
Escuta Senhor as nossas orações.

SALMO 12
LAMENTAÇÃO DO OPRIMIDO
 
Até quando, Senhor,
de todo Vos esquecereis de mim?
Por quanto tempo ainda desviareis de mim os Vossos olhares?
Até quando suportarei a angústia da minha alma, e, dia após dia, a tristeza no coração?
Até quando se levantará o meu inimigo contra mim?
Olhai! Ouvi-me, Senhor, meu Deus!
Iluminai os meus olhos com a Vossa luz
Para que eu não adormeça na morte,
para que o meu inimigo não venha dizer:"Venci-o";
e os meus adversários não triunfem no momento da minha queda,
a mim que confiei na Vossa Misericórdia.
Antes possa o meu coração regozijar-se no Vosso socorro!
Então cantarei ao Senhor
pelos benefícios que me concedeu.
 
Dulce Gomes
 
 

domingo, 16 de janeiro de 2011

VAMOS A ISTO...

E vamos lá jogar mas depois não digam que não avisei...


Começo por dizer que este selinho é lindíssimo e como tenho muita imaginação, até consigo ver-nos de havaianas calçadas e de mãos dadas, que nem garotas, caminhando saudavelmente unidas para Jesus. Pronto, pronto, vamos lá começar...

Brinquedos que nunca tive
Seria mais fácil enumerar os que tive, mas regras são regras e longe de mim quebrá-las porque vocês são impiedosas...

1. Um bichinho de estimação. Nunca tive nenhum. Mas mais à frente conto-vos como dei a volta à situação...


2. Uma bicicleta. Quando recebi a primeira a minha infância já tinha barbas brancas como o pai natal.

3. Uns chinelos de madeira só com uma tira e uma enorme fivela. Daqueles que todas as amigas tinham menos eu...Mais tarde tive uma imitação barata que me roeram os dedos pequeninos dos pés e me esfolaram os ortelhos.

4. Umas raquetes. Só jogava quando uma amiguinha vinha passar férias a Sines.

5. Uma cama para deitar a única boneca. Estava farta de deitá-la na caixa dos sapatos das minhas irmãs...

6. Lápis de cor. Daqueles bem grandes em caixas de 36.

7. Um triciclo. Como é que havia de ter a bicicleta...


Lembranças vergonhosas da infância

1. Ser chamada de chorona. Fui passar uma semana na casa duns primos a Setúbal, que tinham uma filha mais nova do que eu e moravam perto de outros com uma filha da mesma idade. Ainda ia no caminho e já o nó na garganta me apertava em sufoco, quando lá cheguei, não houve brincadeiras, nem brinquedos, nem esforços que me vencessem. Chorei tanto que os meus primos enviaram um telegrama aos meus pais dizendo o seguinte: "Ela vai, chora!"
Fui despachada que nem encomenda na camioneta da manhã. A despedida foi feita em coro pelas duas primas que gritavam: "Chorona, chorona". Malvadas...


2. Atropelamento: Numa bicicleta de aluguer meti-me pela rua inclinada do meu bairro, só que na minha rota estava um obstáculo: uma velhota que seguia para casa com um saco cheio de fruta à cabeça. Mentalmente desviei-me e fisicamente travei conforme pude com os dedos grandes dos pés, mas não evitei a colisão. Com a mulher já de "gatas" e quase a trucidar-me, não vi outra solução senão correr em debandada para casa...


3. Comer o que não devia: Deixei a famíla em alvoroço à minha procura e eu estava calmamente debaixo da mesa da cozinha comendo as cabeças dos fósforos. Sobrarão poucos da caixa. Se fosse hoje teria direito a uma lavagem ao estomago... E não explodi...eheh


4. Queria muito um cachecol. Um dia consegui que uma amiga me emprestasse o seu num intervalo da escola. Andava eu toda "inchada" de cachecol ao pescoço quando resolvi ir fazer chi-chi, só que na aflição não vi que mergulhei a ponta do cachecol na sanita e eu muito aflitinha, nem consegui parar...Nunca mais tive direito a empréstimos.

5. Troca: Um dia fiz um desenho, assinei o meu nome e pendurei-o orgulhosamente na parede da cozinha. Só troquei o D por um P. Assinei Pulce...Foi e continua a ser motivo de gozo :(

6. Ir para a escola com as meias de vidro das minhas irmãs (não tinha outras). Era gozada todos os dias...há lá coisa pior que colegas de escola em sintonia? Irritantes, falsas...eheh

7. Queda: No meu tempo havia a escola dos meninos separada das meninas. Mas de vez em quando a nossa professora mandava recados ao marido (também professor) através das alunas ao marido. Eu ficava sempre de dedo no ar para levar o recado e desesperava por não ser escolhida. Até que um dia...lá fui de papelinho na mão. Quando cheguei à sala ia tão nervosa que bati e a porta abriu-se sozinha comigo esticada ao comprido. Pois, tropecei num pequeno degrau. Imaginam o que é uma sala de rapazes a rir à gargalhada? Nem digo mais nada...

Lembranças dolorosas de infância

1. Lembram-se de lá atrás vos falar duma espécie de animal de estimação? Era uma galinha. Eu dizia: "Tica, tica, tica" e ela, obediente seguia-me os passos como fazia o E.T. Só que um dia a galinha virou canja, apesar das promessas da minha mãe de que não a degolaria. Lá se foi o animal de estimação.

2. As minhas irmãs (boas malandras) diziam que eu não era irmã delas, mas filha duma cigana. E eu acreditava porque os argumentos eram fiáveis: elas são as duas de pele branca e cabelos encaracolados, eu, morena e de cabelos daqueles que espetam para todos os lados e não se acomodam...
Quem tem irmãs destas...

3. Os banhos dados à força na praia. O meu pai achava que mergulhar-me três vezes no mar dava saúde. Eu corria que nem "Rosa Mota" por aquele areal à frente dele. Claro que acabava sempre por ser apanhada e quando sabia já estava a surfar à força na água e a engolir uns "pirolitos". Criança sofre...

4. Olhar uma foto minha e da minha irmã Isabel, em que tenho vestidas umas cuecas de alguma mana que me chegam até aos joelhos. A minha mãe deve ter-se enganado. loool

5. Fui mordida. Saí de casa disparada e fui de encontro a um pescador que vinha para casa com um peixe-espada na mão. O peixe vinha morto mas de boca aberta e aqueles dentes enormes espetaram-se no meu joelho. Ainda cá está a prova do crime.
Raio do peixe que mesmo depois de morto me ferrou os dentes.

6. Quando a minha irmã Alice casou e uma prima minha se aproveitou da minha cabeça para se armar em artista. Espeta-me com dois tótós no alto do craneo que me deixou de trombas todo o dia para além da dor na moleirinha...

7. Quando passava no bairro a "carroça dos cães" e levavam a Altina, uma cadelinha duma vizinha. Lá iamos resgatá-la...

E agora confiante de que não sofri nenhuma penalização vem a parte melhor.
Não houve por aí alguém que não respondeu a tudo? Estão caladinhas? Se bem me lembro o castigo é dar banho ao gato...
Desta vez dei eu e a Rafaela, para a próxima são vocês. Malú...Teresinha...quem quer ser a primeira. eheheheh.

Ufa...já me safei. Este selinho foi difícil de conquistar mas valeu a pena pôr a nú as minhas vergonhas para o ganhar. Quem diz que caminhar não custa???

Gisele prepara-te. Agora é contigo. Calça lá as havaianas e toca a andar...
Ficamos à espera e de olho em ti http://giselepontes.blogspot.com/

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

VÁ LÁ ENTENDER-ME?...



Eu tenho um grande defeito: choro demais!

Esta “fraqueza” foi desde sempre um obstáculo de inibição. Impede-me de mostrar fortaleza e firmeza e de esconder sentimentos que nem sempre quero expor; sejam de tristeza ou alegria. Talvez por me saber assim, arredei de mim certas missões por não me achar capaz de as enfrentar. E aqui note-se, não é por falta de coragem, mas por me fragilizar ao ponto de me incapacitar de dar a coragem que de mim esperam. Sabem o que é ter as palavras certas, ditadas por um coração aos saltos e elas ficarem encalhadas na garganta até sufocarem? Assim sou eu. Quando regressam já expirou a validade.
Não consigo manter a distância entre o que vejo e o que sinto. De repente a minha pessoa encaixa de tal forma na "mensagem passada" que absorvo tudo.
Há anos que espero que o tempo me dê aquilo que comigo não nasceu: o autodomínio dos meus sentimentos. Sinto-me demasiado transparente.
Um dia li num blog duma amiga que, para poder ajudar não podemos ser como uma esponja - que absorve - mas sim como uma pedra lisa, onde bate e cai. Mas eu sou esponja...

Como é que vou contornando isto? Vou rezando a Jesus!
Ando constantemente a “chateá-Lo”. Se o apelo é para fazer algo, olho-O de frente e faço-O lembrar: “Olha Senhor, vê Lá o que me estás pedindo, não Te esqueças que sou chorona”. (podem rir à vontade) 
Peço-Lhe que estanque este dique que rebenta sem pré-aviso e me inunda a vontade de fazer e que se transforma numa agonia que passa a frustação...
E Jesus vem em meu auxílio. Incontáveis as vezes que sinto a Sua acção em mim. Assim como uma força extra - que não é minha- chega e se apodera trazendo a segurança de que vou conseguir levar por diante o que tiver que ser feito. É paz, é serenidade, é agir, embora seja entrecortado com o "engolir em seco" para afastar aquelas teimosas que me deixam vulnerável.
Acho que Jesus vai doseando esta falha, para que eu acredite que com ou sem lágrimas, sou capaz, desde que entregue tudo nas Suas mãos.

Mas desenganem-se! Não fica por aqui. Porque, quando consigo erguer essa tal barreira de protecção entre a minha sensibilidade e o problema, bate cá uma alegria tão grande que choro de agradecimento. Mas para arrematar e como sou de extremos, ando premanentemente rindo...devem ser estas misturas explosivas que me trazem as rugas:)
Vá lá entender-me?

Dulce Gomes


sábado, 8 de janeiro de 2011

ESCOLHAS


Escolher, deve ser o exercício mais vulgar do nosso dia-a-dia.
Escolhemos desde a cor de algo sem importância até opções que se tornam decisivas na nossa forma de estar enquanto seres humanos, cidadãos e enquanto cristãos. E se as primeiras têm um peso quase irrelevante, o mesmo já não podemos dizer das outras, porque enquanto membros de família todas as nossas opções pessoais interferem sempre de alguma forma com quem dividimos a nossa vida.
É exactamente neste ponto que se poderão a vir gerar conflitos, choques de interesses ou simplesmente atritos consequentes do fazer valer os nossos pontos de vista.
Porque estou a escrever sobre este tema? Sinto-o muitas vezes na pele. E se em certas opções volto atrás para evitar fricções, noutras sigo em frente com todas as minhas forças.

Há cinco anos que vou a Fátima a pé e se fosse contar as vezes que fui questionada por o fazer, os meus dedos todos não chegariam.
Quando quero despachar a conversa para não me aborrecer, remato com um: “Cada qual tem o livre arbítrio de escolha”, mas claro que quase sempre opto por soltar o meu coração e deixá-lo falar que nem “cavalo à solta”. Só que quando as perguntas se fazem de bocas reincidentes, a quem já me abri mas a insistência continua, sinto-as como uma pressão feita com o objectivo de me demover, ou apenas criticar…e aí fecho-me a sete chaves e continuo a dar corda aos sapatos e caminhar, caminhar...

Tudo isto é entrega. Eu necessito entregar os meus passos em agradecimento por tantas graças. Através deles rezo, agradeço, peço, recebo. Através deles avanço, aprendo, cresço. Através deles descubro e tento corrigir erros.
 É difícil explicar a alegria que Jesus me põe no meu coração quando o faço. É como um vento cantante invadindo a minha alma. Como um rio de água viva revigorando a minha fé. Como uma explosão de amor que se desprende para abraçar quem vem pela primeira vez. E ao comprovar a acção da nossa Mãe do céu ao reunir-nos de novo e ampliando o Seu rebanho, fico sem palavras.

Só me apraz dizer:
Obrigada Virgem Mãe.

Dulce Gomes



quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

PELA FÁTINHA

Vinde a Mim todos os que estais cansados de carregar o peso do vosso fardo e Eu vos darei descanso. Mt 11,28

Acreditando e confiando nestas Palavras, peço-Te meu Jesus: lança sobre a Fátinha o teu benigno olhar e dá-lhe a força necessária para travar a "batalha" que amanhã terá início.
Porque para Ti Senhor não há impossíveis, entrego-Te as minhas orações em intercessão por esta amiga com a fervorosa esperança de que a estarás amparando nos momentos mais difíceis.
Jesus, nosso Amigo, vem em seu auxílio para que não esmoreça no caminho, mas se ela se cansar, fá-la repousar nos Teus braços
Aliviai os fardos de todos os que sofrem, torna-os mais leves e fáceis de suportar.

Peço a quem passar neste cantinho que interceda também. Conheço bem os amigos que por aqui passam e sei que não ficarão indiferentes. Conto convosco. Obrigada.

Pai Nosso....
Avê Maria... 
Salvé Rainha...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

ORAÇÃO PARA O NOVO ANO



Senhor Deus, a Ti pertence o tempo e a eternidade, Teu é o hoje e o amanhã, o passado e o futuro.
Ao terminar este ano quero agradecer-Te tudo o que de Ti, eu recebi. Obrigada pela vida e pelo amor. Pelas flores, o ar e o sol. Pela alegria e a dor, por tudo o que foi possível e pelo que não pode ser.

Ofereço-Te tudo quanto fiz neste ano. O trabalho que pude realizar e as coisas que passaram pelas minhas mãos e o que com elas pude construir.
Apresento-Te as pessoas que ao longo destes meses amei, as novas amizades e os antigos amores; os mais próximos de mim e os que estão mais longe; os que me estenderam a sua mão e aqueles a quem pude ajudar. Com eles partilhei a vida, o trabalho, o sofrimento e a alegria.

Senhor, hoje também Te quero pedir perdão.
Perdão pelo tempo perdido, pelo dinheiro mal gasto, pela palavra inútil e o amor desperdiçado.
Perdão pelas obras vazias de amor e pelo trabalho mal feito.
Perdão por viver sem alegria e sem entusiasmo.
Perdão também pela oração que, pouco a pouco, fui adiando.
Perdão por todos os meus esquecimentos, descuidos e silêncios.

Vamos iniciar um Novo Ano!
Eis-me diante do novo calendário ainda por estrear.
Entrego-Te estes dias. Só Tu sabes se os chegarei a viver...
Para mim, para os meus familiares e amigos, peço-Te a Paz e a alegria; a coragem e a prudência; a simplicidade e a sabedoria.
Quero viver cada di deste novo ano com otimismo e bondade, levando por toda a parte um coração cheio de compreensão e de paz.

Fecha os meus ouvidos  toda a mentira e os meus lábios a palavras enganadoras, egoístas, mordazes ou que possam magoar.
Abre o meu ser a tudo o que é bom, belo e verdadeiro. Que o meu espírito se encha de bençãos e que eu as derrame por onde passar.
Enche-me de bondade e de alegria, para que, quantos convivem comigo ou de mim se aproximarem, encontrem na minha vida um pouco de Ti.
Dá-nos Senhor um ano feliz e ensina-nos a partilhar a paz e o bem.

(Desconheço o autor)

(Esta oração foi-me enviada através dum mail por uma amiga muito especial. Sentia-a profundamente e rezei-a, pedindo para que Deus nos una e nos mantenha caminhando no Seu amor. Para todos vós e em especial para a Ana, o meu obrigada pelo estímulo e carinho.
Desejo-vos, UM ANO CHEIO DE LUZ!)

Dulce Gomes


domingo, 2 de janeiro de 2011

SELINHOS

É gratificante ter amigos que nos mimam assim. Duma só vez a amiga Fernanda do blog Boa Nova presenteou-me com três selinhos.
Aceito-os com a responsabilidade de quem quer continuar a merecer as vossas pegadas junto das minhas, degrau a degrau. Sei que Jesus vai connosco nesta caminhada.




A amiga Maria Luiza do blog Alfa e Omega também me deu a alegria de me ofertar este selinho e peço-lhe imensa desculpa de só agora o postar, mas eu e o tempo temos andado em sérios confrontos. Obrigada amiga.


Estes selos representam o reconhecimento para os blogueiros que dedicam a seus seguidores a produção de um cantinho de amor com suas idéias, receitas, opiniões, literaturas, cartões, entre outros.



Pois bem, a regra seria escolher 10 blogues amigos para presentear e dar assim continuidade a este "jogo". Acontece que não consigo seleccionar e então convido-vos a todos a levá-los. E depois passem para quem vocês quiserem.
Vamos lá. Teresinha, Utília, Zézinha, blog Horizonte, blog aeiou, Canela, , Felipa, Mariam, Ailime, Mer, Luís Coelho, Gisele, Malú, Venturinha e venturinhas, Céuinha, São, Reininha, Joaquim, Padre Jac, Padre Manuel Gonçalves, Nélinha, Ricardo, Ivone, Simplesmente Maria.... Pinceladas por David, Artur Giovanni, Caminhar do Sul...
E todos aqueles que por lapso, esqueci.
Agora entendem porque seria difícil escolher 10 blogues? É que todos vocês estão num cantinho muito especial no meu coração. Obrigada por caminharmos juntos com Jesus.


Dulce Gomes