"Mas como era sumo Sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação. E não só pela nação, mas também para congregar na unidade os filhos de Deus que estavam dispersos"
Jo 11, 51-52
Jo 11, 51-52
PEDRADA NO CHARCO
A folha permanece vazia
A folha permanece vazia
Tal como as minhas mãos, Senhor
Que se abrem devagar para Te receber…
Num contraste
Contorce-se o meu coração
Que de tão cheio quase explode
Mas que se fica
Por nada dizer…
Ainda não desprendi todas as correntes
Nem desatei todos os nós
E ao fitar a Tua Cruz de frente
A emoção embarga-me a voz…
Tu sabes Senhor
Como por vezes contesto
Sem nexo nem tom…
É que a Tua Palavra
É como uma pedrada de Luz
Caindo no charco das minhas trevas.
E nem sempre sigo no Teu silêncio
Pelo caminho por onde me levas…
Não é fácil imitar-te, Jesus…
Dar a outra face, seguir os Teus passos
Não é fácil pedir perdão, saber perdoar
E cortar pela raiz
Tudo o que Te impeça de me moldar…
Mas eu quero.
Tu também quiseste…
Abraçaste a Cruz por Amor ao Pai.
Para congregar os que andavam dispersos
Carregaste-a para nos salvar
E foste perdão
Até para as mãos que se ergueram
para Te apedrejar…
Perdoa-nos Senhor!
Dulce Gomes
Hoje a Palavra dá-nos o momento em que é sentenciada e definida a morte de Jesus.
Peço por todos aqueles que estão de partida, principalmente, os que percorreram esta passagem terrena de costas voltadas para Deus e, à beira da ponte que os irá levar para o outro lado, vão sem esperança na vida nova.
Vida nova arrancada a espinhos, num calvário consentido e doado com Amor.
Vida nova pela qual Deus entregou o Seu Bem mais precioso: Jesus.
Perdão e Misericórdia Jesus...
Dulce Gomes