Há dias "lavrados" no silêncio...
Borbulham
em mim as palavras…
Espuma
lavrada num mar de silêncio
Onde
guardo e desprendo
Pedaços
meus…
Escorrem
como lava ardente
Abrasando
as mãos vazias
Incendiando
a folha em branco…
Talvez
não passe de ousadia,
Refúgio,
reflexo do que me habita
Dependência
exagerada
Sede
doentia…
Luz
poisando sobre mim
Mas
quando as palavras se instalam no papel
Sou corcel
alado
Planando
na pradaria
E minha
alma bebe
Do
que não sei se é poesia…
Dulce Gomes