“Esta é a voz daquele que grita no deserto; preparai os caminhos do Senhor, endireitai as Suas estradas. Todo o vale será aterrado, toda a montanha e colina serão aplanadas; as estradas curvas ficarão rectas e os caminhos esburacados serão nivelados. E todo o homem verá a salvação de Deus” (Lc 3, 4).
Quais são os nossos desertos? Como poderemos faze-los florir?
Neste 3º dia de Advento não venho sozinha, trago Maria para caminhar connosco. Maria que ao firmar o seu compromisso com Deus se despojou de tudo e se dispôs a cumprir o Seu plano permitindo ser ponte entre o céu e a terra para que chegasse até nós a salvação. «Faça-se em mim segundo a Sua Palavra». Lc1,3
Maria que quando anunciou a vinda de Jesus o fez com alegria e com ela proclamou a Sua grandeza; «A minha alma proclama a grandeza do Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador». Lc 1,46-47
À semelhança de Maria recebamos com alegria responsável este Advento, encarando-o como uma graça oportuna e valiosa para mergulharmos num confronto interior tendo em vista objectivar os pontos que devemos mudar ou melhorar.
Nem sempre passamos em retrospectiva os nossos actos, perdendo assim a oportunidade de nos auto-avaliarmos e consequentemente, nos corrigirmos.
É muito fácil cair em erro e consequência da nossa condição humana de pecadores, a emenda é dolorosa.
Nem sempre passamos em retrospectiva os nossos actos, perdendo assim a oportunidade de nos auto-avaliarmos e consequentemente, nos corrigirmos.
É muito fácil cair em erro e consequência da nossa condição humana de pecadores, a emenda é dolorosa.
Sempre que deixamos que a nossa indiferença se sobreponha ao acto de agir; sempre que nos fechamos no nosso mundo, preferindo ignorar o que nos rodeia; sempre que não seguramos a mão que para nós se estende para dar ou receber; sempre que a Palavra ou o testemunho ficam retidos na boca que se cerra por falta de coragem de os gritar, sempre que nos rendemos à inércia e ao comodismo/facilitismo, estamos relegando para segundo plano o plano de Deus em nós, impedindo que ele se concretize.
Destes, alguns reconheço-os como meus, são os buracos do caminho que preciso aplainar para melhor acolher Jesus. São eles que me impedem de fazer silêncio e escutar a “voz que grita no deserto” impossibilitando que floresça a Sua palavra em mim, e à semelhança de Maria, ser “ponte” entre Deus e o meu próximo.
No evangelho de hoje* Jesus incita-nos a deixar o nosso “barco na praia” para O seguir.
Tendo a luz que já acendemos como estímulo, peço que ela incida nos nossos corações, incendiando de amor e gestos de coragem os nossos actos. Que esta oferta de Jesus seja aceite por todos nós.
Vamos espera-l`O, seguindo-O confiadamente.
— O Senhor esteja convosco.
Tendo a luz que já acendemos como estímulo, peço que ela incida nos nossos corações, incendiando de amor e gestos de coragem os nossos actos. Que esta oferta de Jesus seja aceite por todos nós.
Vamos espera-l`O, seguindo-O confiadamente.
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.— Glória a vós, Senhor.
*Jesus andava à beira do mar da Galileia, quando viu dois irmãos: Simão, também chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando as redes ao mar, pois eram pescadores. Jesus disse-lhes: «Segui-me, e farei de vós pescadores de homens». Eles deixaram as redes e seguiram Jesus. Indo mais adiante, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago e João, filhos de Zebedeu, consertando as redes. Eles deixaram imediatamente a barca e o pai e seguiram a Jesus. Mt 4,18-22
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Amanhã visitaremos a casa da Gisele e iremos reflectir juntos o 4º dia do Advento
( Dulce Gomes