Presentemente não tenho qualquer dúvida que o Senhor nos recruta. Se haviam caminhos que nunca pensei trilhar, o voluntariado estaria no topo da lista. Porquê? Principalmente por não me considerar uma mais-valia no contacto direto com os outros, área onde a emoção vence quase sempre e trás à tona toda a minha fragilidade enquanto ser humano e que – julgava eu – nunca conseguiria superar essa lacuna dispensável a quem abraça uma causa onde se tem que manter uma certa impermeabilidade. Depois e para cimentar, fomentava a ideia que não seria capaz de organizar a minha vida de forma a não falhar em nenhuma vertente. Mas o que é certo, é que sem me aperceber já fazia voluntariado; duma forma primária, muito à minha maneira, fazendo por vezes um esforço enorme para conciliar a minha vida pessoal com esta vontade de “estar ao dispor de…”.
Acontece que, quando nos abrimos para Deus e entregamos os nossos braços para o Seu trabalho e seguimos as Suas coordenadas, a nossa capacidade para enfrentar e fazer face a determinadas situações aumenta de maneira desmesurada. Cresce em nós uma força interior que nos momentos cruciais se agiganta, nos surpreende, levando-nos a superar as nossas fraquezas e as lágrimas transformam-se em acção através de obras, abraços, palavras e no meu caso, também escrita.
Num passado ainda recente, achei que Deus estava "aproveitando" esta minha faceta/tendência para escrever ou fazer uma espécie de poesia arrancada cá de dentro como pedaços de mim para partilhar com quem me quisesse ler, como a única dádiva de que seria capaz de doar; achando que nada mais possuia que pudesse contribuir para trabalhar com e para Ele.
É então que aos poucos vou descobrindo outras facetas e outros atributos que não tinha, mas que Deus me está dando para que os ponha a render. Tudo isto comprova que, quando se dá com amor, desprendido de qualquer interesse, a recompensa é incalculável, impossível de descrever, apenas se sente no coração duma forma que nos preenche e nos envolve num bem-estar onde a alegria é imensa.
É então que aos poucos vou descobrindo outras facetas e outros atributos que não tinha, mas que Deus me está dando para que os ponha a render. Tudo isto comprova que, quando se dá com amor, desprendido de qualquer interesse, a recompensa é incalculável, impossível de descrever, apenas se sente no coração duma forma que nos preenche e nos envolve num bem-estar onde a alegria é imensa.
Hoje mesmo comecei com a minha irmã Isabel e uma amiga querida, a formação na área do voluntariado. Estou apreensiva, sentindo uma responsabilidade enorme porque me exijo sempre muito e principalmente quando "este dar" implica o lidar com pessoas por quem tenho o maior respeito, com uma enorme experiência de vida mas que pelas circuntâncias da mesma, estão numa posição de carência a vários niveis: falo dos idosos.
Mas sei que neste trilho inexplorado por mim – de maneira efectivada – tem a mão e a vontade de Deus. Sinto-o a cada passo que dou, onde tudo o que acontece se encaixa com a perfeição dum projeto divino.
Mas sei que neste trilho inexplorado por mim – de maneira efectivada – tem a mão e a vontade de Deus. Sinto-o a cada passo que dou, onde tudo o que acontece se encaixa com a perfeição dum projeto divino.
Que Deus nos ajude a levar um pouquinho de Si a todos aqueles com que nos iremos cruzar nem que para isso tenhamos que dar tudo de nós.
Obrigada Senhor!
Dulce Gomes
Dulce Gomes