“Senhor, Tu és demasiado justo para eu me queixar de Ti.
Mas desejaria debater contigo sobre a justiça:
Porque alcançam os maus tanto sucesso e os pérfidos vivem tranquilos na sua malvadez?”Jr 12,1
Confesso que já levantei este pensamento para Deus e o interpelei no mesmo contexto.
Sempre que me deparo com situações injustas e incompreensíveis aos meus olhos, faço-o.
Porém, tenho a consciência de que esta indignação é fruto da minha pequenez que me faz ficar refém apenas do que vejo e a minha alma não alcança. Aprisiono-me num misto de impotência inconsolável quando a balança pende apenas para um lado e vitimizo-me quase inconscientemente ao mesmo tempo que não vergo na vontade de equilibrar os dois pratos.
Lendo Jeremias duma forma salteada – como gosto de fazer – baixei o meu olhar no capítulo 13 e li que o Senhor lhe ordenou que comprasse uma faixa de linho, a cingisse à cintura e – sem a meter na água – se metesse a caminho das margens do rio Eufrates, a fim de a esconder na fenda duma rocha. Jeremias cumpriu essa ordem.
Lendo Jeremias duma forma salteada – como gosto de fazer – baixei o meu olhar no capítulo 13 e li que o Senhor lhe ordenou que comprasse uma faixa de linho, a cingisse à cintura e – sem a meter na água – se metesse a caminho das margens do rio Eufrates, a fim de a esconder na fenda duma rocha. Jeremias cumpriu essa ordem.
Passados uns dias o Senhor ordenou-lhe que lá voltasse para retira-la da fenda. Espantado, quando olhou a faixa, constatou que ela havia apodrecido e não serviria para mais nada.
Foi então que o Senhor lhe disse:
“Da mesma forma farei apodrecer a soberba de Judá e o grande orgulho de Jerusalém. Este povo perverso, que recusa ouvir as minhas ordens, que segue a obstinação do seu coração e vai atrás de deuses estranhos para os servir e adorar, tornar-se-á semelhante a esta faixa, que para nada serve.”Jr 13,8-10
Medito neste meu debate interior sobre justiça, onde tantas vezes vejo prevalecer a força e o poder dos fortes em detrimento dos mais fracos; medito na balança desequilibrada que me faz bradar aos céus e nas “faixas” adornadas em torno de tantas cinturas opulentas e subjugantes.
“Da mesma forma farei apodrecer a soberba de Judá e o grande orgulho de Jerusalém. Este povo perverso, que recusa ouvir as minhas ordens, que segue a obstinação do seu coração e vai atrás de deuses estranhos para os servir e adorar, tornar-se-á semelhante a esta faixa, que para nada serve.”Jr 13,8-10
Medito neste meu debate interior sobre justiça, onde tantas vezes vejo prevalecer a força e o poder dos fortes em detrimento dos mais fracos; medito na balança desequilibrada que me faz bradar aos céus e nas “faixas” adornadas em torno de tantas cinturas opulentas e subjugantes.
Mas acima de tudo, medito nesta justa justiça de Deus que enche de ineficácia os “tesouros” assoberbados de orgulho, utilizados para amordaçar e ferir os mais fragilizados…
E encontrei nestas Palavras a resposta e a força para confiar, apesar da limitação do meu entendimento.
Amiga Dulce,
ResponderEliminarUm texto muito inspirado, muito actual.
Como por vezes se torna difícil entender muito do que nos rodeia, do que ouvimos, do que lemos e do que acontece até nas nossas vidas.
Deus dá-nos a resposta nessa feliz passagem Bíblica de Jeremisas que transcreveu.
Grata por partilhá-la e que o Senhor nos dê sempre força e ânimo para acreditar que um dia tudo será diferente.
Beijinhos,
Ailime
DULCE, QUE BACANA LER ISSO. GOSTEI IMENSO! DEUS É PAI E JUSTÍSSIMO. BEIJOS!
ResponderEliminarDulce,
ResponderEliminarEsse texto e a reflexão da Palavra de Deus, vieram de encontro à um questionamento meu essa semana.
Claro, que logo me arrependi e perdi perdão, mas se tem uma coisa que me incomoda é a "INJUSTIÇA".
Obrigada pela partilha.
Tenha um abençoado dia. Beijos
A justiça?
ResponderEliminarLevas-me longe de mais na tua reflexão
E por isso tenho que voltar atrás, sabem?
Justa comigo?
Justa com os outros?
Parâmetros de justiça?
Deus e os homens?
Filosofias de vida?
Deus não é uma invenção e a justiça de Deus essa é e será sempre uma meta a atingir.
Não é fácil... confesso que quando se deita os olhos á miséria que prolifera diante da ostentação e do puder eu não sei muito bem compreender... faço esforços, acreditem.
A balança pesa e quase se afunda em julgamentos e se os meus são falsos, aonde estará a verdadeira justiça digam-me.
Sem reflexão, o homem pode errar, mas sem justiça a balança no prato do bem-fazer afunda-se no da precariedade insalubridade.
Bem-haja amiga
Beijinhos da
Utilia Ferrão
Parece-me que com estes pensamentos duvidamos do amor e da Justiça divinas.
ResponderEliminarNeste mundo por vezes medimos as coisas com uns óculos desfocados.
Quem ama verdadeiramente a Deus Pai não dúvida que Ele por vezes dá maiores oportunidades àqueles que O desprezam....
Um bom pai está sempre à espera que o filho regresse a casa e se possa fazer uma festa....
Amiga Dulce,senti necessidade e voltei...a este lugar onde me sinto tão bem.
ResponderEliminarCompreendo do que fala da injustiça.E do quanto ela é praticada e ás vezes revolta-me certas situações.Mas continuo á acreditar,que Deus sabe o que faz e tenho que aceitar.Um propósito haverá.
Obrigada,boa amiga.Beijinhos.Zézinha C.
AMIGA DULCE ,LINDO ESTE BLOG QUE ME SINTO TÃO BEM NELE E AO OUVIR,ESTE VIDEO ,TÃO BEM CANTADO ,POR TODAS AS PESSOAS DE FÉ!!!
ResponderEliminarDEUS É PAI ,DEUS NOS AJUDA,PORQUE NOS AMA!!! MAIS DO QUE NÓS A ELE,POR VEZES ,QUANDO A VIDA NOS TRÁS,PROBLEMAS QUE PENSAMOS ,QUE SÃO MAIORES,DO QUE OS ,OUTROS TEM E NOS FALTA A FORÇA ,PARA OS RESOLVER ,MAS DEUS NUNCA NOS ,ABANDONA PORQUE NOS AMA !! OBRIGADA ,AMIGA POR TERES ESTE CANTINHO,QUE NOS ENCHE A ALMA !E AS TUAS PALAVRAS NELE ESCRITAS E SNTIDAS,TANTO NOS AJUDA BJS <3
Minhas queridas amigas e amigo Luis
ResponderEliminardeixo-vos o meu carinho a cada um.
Sinalizo entre todos os comentários os pontos de interrogação da Utilia (muitos) e o receio do Luis, sobre se estes pensamentos não serão duvidar da justiça divina.
Jamais! Costumo dizer que refletir não é duvidar, mas sim arranjar novas formas de entender e engolir o que por vezes custa a ir para baixo. É limpar os óculos desfocados da mente e ver com os olhos da fé; que é o mesmo que dizer que espero a vinda do mundo que há-de vir, o verdadeiro e permanente, porque este é apenas uma passagem com muitas paragens para nos prepararmos.
Utília
eu entendo-te perfeitamente.
Engraçado que consegui por-te a sinalizar alguns pontos de interrogação...Isso quer dizer que refletir sobre eles é urgente; não duma forma critica, mas sim construindo um interior melhor e deixando transbordar para o exterior.
Foi isso que fizeste na tua postagem, que julgo, teria sido uma espécie de inspiração desta. Obrigada por isso.
Um beijinho para a Ailime, Luiza,
Lucinha, Utilia, Zézinha e Nídia(amiga de infância) a quem envio o meu obrigada pela palavras deixadas.
Abraço ao Luis