Esperas-me na outra margem
Onde a Luz converte as sombras
em pequenos flocos de algodão
Na jangada do tempo
Que me concedes
Quero manter presente
Que sou ser em construção.
Já fui Lago parado
Alma ausente
terra ressequida
Fio sem prumo
Sou tudo o que já vivi.
Hoje sou mudança
Querer, conversão
Caminhando para Ti
DEGRAU DE SILÊNCIO
Pensamento de Fernando Pessoa deixado para todos os que estão na lista abaixo e àqueles que passam sem deixar rasto. Seguimos juntos!
OS AMIGOS
segunda-feira, 20 de novembro de 2023
ESPERAS-ME
ORO-TE
onde os ecos se diluem no silêncio
e a dor, o desamor não têm lugar
Peço-Te
que por um momento singelo
me pouses o pensamento
no que existe de mais belo
onde nem ouso, querer, aterrar
Peço-Te
que me ajustes à Tua Palavra
me desprendas dos meus apegos
Sejas a água viva que me lava
a fortaleza que me dispersa os medos.
Na Luz à minha frente…
Por entre a brandura dos meus olhos
Abro as mãos
Retendo no meu coração o tic-tac do Teu.
Vou ficando onde não há ruínas
Nem ódio, nem chacinas
Nem escolhos para contornar
Não há choro, nem sofrimento
Nem guerra, nem tormento
Só se conjuga o verbo “amar”
Quis ficar
Fazendo desta entrega
Uma permanência
Mas não é chegada a hora…
E eu vagueando neste trilho agridoce
De alma ardente e contrita
Entre um desespero que chora
E uma criança que grita
vou ficando como se daqui não fosse…
NO BICO DA CANETA
É no bico da caneta
Entre o suborno e o consentimento
que afogo ou afago
a palavra que me inquieta
Entardeço num silêncio
isento de pressa
intercalado entre
a paz e o tormento.
O ponteiro do relógio
não se condói deste sentir
ao qual não renuncio
que me desfragmenta por dentro.
Pouco lhe importa
se a palavra que demora
se converte num rasto de Luz
ou, simplesmente
seja jogada fora
porque antes de nascer
já estava morta.
sexta-feira, 10 de novembro de 2023
RENASCIDA
Nuvens que se alvoram
Asas que se agitam
Olhos que choram
Mãos que acreditam
Erguem-se aos céus
Rompendo a neblina
Pele ondulada
Coração de menina
Na terra dolente
Esperança fugidia
Acorda a semente
laivos de alegria
Limpa o rosto
Sente na mão
Um feixe de luz
caído no chão
Do solo dormente
repleto de vida
uma força crescente
uma flor renascida
Dulce Gomes
RAÍZES
Aqui
Onde se bordam lençóis de prata
De velas ao sabor do vento
Há uma lenda da moura encantada
que por amor, se extinguiu
Entoa cânticos na noite calada
Enquanto bate a roupa na pedra do rio
Vergadas pela força dos vendavais
Há aves que planam sem rumo certo
Fazendo da crista da onda
Os seus beirais
Cheira a funcho do mar
a sal, a maresia
E os meus olhos são fontes
de água cristalina
Jorrando luar
Em noites de calmaria.
E eu menina/mulher
Poisada no relento
Construo uma ponte para regressar
À pedra onde me sento
Dulce Gomes.
EXISTE
OLHAR SUBMERSO
Dulce Gomes
quinta-feira, 19 de outubro de 2023
ABRAÇO
domingo, 11 de julho de 2021
PERMITE-TE
Permite-te ser luz num mundo de trevas.
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
TORVELINHO DE INQUIETAÇÕES
(Foto de Isabel Gomes)
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
BUSCA
(Foto de Isabel Gomes)
sexta-feira, 25 de novembro de 2016
FÉ
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
O ESCUDO DA FÉ
sábado, 3 de setembro de 2016
DÁ-ME SENHOR...
pelo fogo do Teu amor.
(Foto de Isabel Gomes)