Onde começam os nossos limites?
Formamos opiniões sobre quase tudo e temos atitudes que de tão iguais e repetidas, não passam duma retórica de gestos sincronizados. Receamos destoar das maiorias o que nos leva a aceitar os limites dos outros num encaixe do “socialmente correcto”, rejeitando à partida tudo o que fuja do “dito normal” sob pena de sermos censurados ou excluídos das maiorias.
Um limite é tantas vezes apenas uma barreira invisível sinalizada pela nossa mente que se apressa a arrematar com um ponto final parágrafo o que deveria ser um ponto de interrogação.
Se há lição que aprendi é a de que o meu limite tem que ser um reflexo do que Deus dita no meu coração e não o que a minha mente me impõe sobre coação ou influência.
Se o meu coração se dilata para aceitar e entender as diferenças, se revolta contra as injustiças, se chora de tristeza, se ri de alegria; se recebo o alerta com as directrizes que mais me tocam, não posso abafá-las nem ficar cativa pelo receio de ser rotulada de qualquer coisa.
No confronto com as diferenças existe um desafio de superação e renega-lo, é não me conceder a oportunidade de exceder os meus limites que podem ir: desde quebrar a indiferença em relação a algo ou alguém, até um uma meta que se atinge porque tivemos a coragem de dar mais um passo.
A luz que me ilumina o dia, a alma, o caminho; que me faz inspirar de alegria e louvar a Deus, pode surgir do meio do nada, de alguém a quem o mundo esqueceu e a sociedade ignora, mas para isso tenho que me curvar, ficar ao seu nível sem deixar que as correntes da sociedade me prendam a acção.
Quem se deixa formatar pelo mundo não é livre.
Liberdade é deixar que os nossos limites estiquem na vontade de fazer, dar e chegar mais além; é ter o arrojo de ser mais tolerante, mais amigo, mais humano; é não me coibir de dizer em voz alta que aspiro mais às coisas do Alto do que às terrenas.
Faz-me bem olhar para trás e ver que, no lugar de muitas barreiras outrora intransponíveis fui capaz de construir pontes para as ultrapassar. Embora tenha sempre presente esta sensação de que poderia ter derrubado muitas mais...
Olá tudo bem? Fiquei feliz pela sua visita. Gostei muito o texto "Onde começam e acabam os nossos limites? Hoje são muito poucos aqueles que sabem respeitar o limite dos outros. Parabéns pela sua postagem bem escrita. bjs Regina.
ResponderEliminarOlá amiga Dulce,
ResponderEliminarUma reflexão muito interessante!
No mundo de hoje mesmo contra os nossos princípios tanto que nos tentam limitar, tanto que me sinto limitada.
Como afirma e assim também penso: "Se há lição que aprendi é a de que o meu limite tem que ser um reflexo do que Deus dita no meu coração e não o que a minha mente me impõe sobre coação ou influência"!
Assim deve ser e com a ajuda do Senhor pautemos as nossas vidas sendo livres no bom sentido do termo e não tolhendo a liberdade dos outros.
Deixo-lhe um beijinho e agradeço a sua visita e participação na festinha que preparei no meu cantinho.
Muito obrigada.
Bom fim de semana.
Ailime