A saudade
toma-me de assalto, sem pré-aviso.
Avivam-se
vivências esbatidas e voltam à luz do presente.
Sopro a
poeira do tempo – o mesmo em quem depositamos a esperança de atenuar o que nos
amassa – e deixo a descoberto um vaivém de lembranças que habitam dentro de
mim. Nem sempre se fazem sentir com tanta intensidade, mas hoje é o "Dia
da mãe" e será sempre o dia do teu aniversário mãe/saudade. Talvez por
isso se torne propício ao resgate de momentos passados que guardo como posso
para me defender.
Hoje tudo
se mistura numa conjugação de sentimentos que me devolvem com uma transparência
quase tangível o teu sorriso; Quase oiço a tua frase mais dita “Minhas queridas
filhas”; quase vejo o teu olhar terno, de orgulho…
Numa poção
quase mágica vou caldeando este sentir sem tréguas que se impõe e relembra que,
independente de tudo o que a vida me reserva serei sempre Tua filha.
Faz-me
bem...
A vida
cortou-nos temporariamente o contacto físico, mas estaremos sempre unidas por
um cordão que não se rasga nem quebra.
A saudade
dói? Sim, muito! Mas só confirma que existem sentimentos que por mais tempo que
se dê ao tempo, o tempo não os destrói.
Por tudo
isto, obrigada mãe pela mãe que foste e pelo amor que me deste.
Até um dia
mãe/saudade…
Dulce Gomes
Boa tarde Dulce, acabei de comentar no seu "post" de hoje e este não me passou em branco! Imagino a saudade que sente da sua querida mãe! Como compreendo o que escreveu. Ainda tenho a graça de ter a minha mãe, mas persistem em mim as memórias na saudade eterna da minha avó materna que faleceu há dezassete anos. Um mar imenso invadiu-me e ainda hoje os meus olhos brilham quando a recordo. (O que senti então foi como se um pedaço de mim se estivesse a desprender). Um beijinho grande. Ailime
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