Procurei-te...
Nas cinzas do fogo que se
extinguiu
Na réstia de esperança que
me corre nas veias
No grito de solidão que
ninguém ouviu
Nas minhas estradas onde te
passeias
Procurei-te…
Nos restos perdidos da
noite lenta
Nas palavras abafadas que
não disseste
E do fundo da minha alma
cinzenta
Soltei a escrita que jamais
leste
Procurei-te…
No porão, onde encovo
as lembranças
Nos desperdícios de goradas
tentativas
Nos vislumbres infundados
da perseverança
E até neste exercício de
busca a que me obrigas
Procurei-te em toda a parte
em qualquer lugar…
Encontrei-te no meu
desajeitado jeito de amar…
Nas minhas juras despejadas
com fulgor
Nos gestos espontâneos que
não te prenderam
Até que um dia, o vento
secou o sal da minha dor
E dispersou as sementes que
de secura, pereceram
Dulce Gomes
Palavras de buscas e perdas; de encontros e desencontros que vou captando por aí...
Procurei-Te....aqui. Acolá.
ResponderEliminarNão Te encontrei.
"Lamento"...
Mas Tu encontras-te-me naquela tempestade... enxurrada medonha, aonde apenas se via a minha cabeça fora de água.
Tu quiseste encontrar-me Senhor.
Nunca perca a Esperança seja apenas aquilo que é
Lindo poema amiga
Origada
Olá amiga Dulce,
ResponderEliminarLindo e profundo o seu poema. É nessa busca constante que vamos encontrando o sal que dá sabor à nossa vida.
Um beijinho e continuação de boa semana.
Ailime
Dulce amada,passando para desejar uma santa e abençoada Páscoa e dizer que tem selinho lá no blog para você, beijos.
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