Tenho tanto por dizer…
E no entanto
As minhas mãos
São como lápis sem carvão.
Adormeci as palavras
Nos ais que abafo
Nas alegrias que amordaço
E nos avanços e recuos de cada passo.
Mas cá dentro
(no cerne de mim)
Um fogo se mantém aceso
Chispando lampejos inusitados
Tocando – até – aos confins…
Da alma solta-se uma cantilena
Que me cerceia de poesia.
Fico feliz!
É o acordar das palavras
Que se reacendem como um pavio.
Despertada a ousadia remanescida
Este resto de quase nada
Tocam os meus dedos entorpecidos
Pelas incongruências da vida.
Dulce Gomes
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As palavras de amizade e conforto podem ser curtas e sucintas, mas o seu eco é infindável.
Madre Teresa de Calcutá